O GNOCCHI DA SORTE
A LENDA
A lenda mais difundida sobre o nascimento da magia remete a algum vilarejo na velha Itália, terra natal do prato. Com diferentes, porém pequenas variações, a maioria conta que São Pantaleão, um missionário vestido de andarilho, chegou a essa pequena vila, num dia 29, e bateu na porta de uma simplória casa. Um casal de velhinhos, mesmo desconfiado pela chegada repentina do andarilho, recepcionou-o e serviu o único alimento que havia na dispensa: nhoque, dividido em sete unidades para cada. Por falta de cadeiras à mesa, todos comeram em pé. Nas diferentes conclusões, uma delas conta que ao retirar a mesa, logo após a saída do missionário da casa, os velhinhos encontraram moedas de ouro embaixo do prato.
Outra vertente registra que São Pantaleão, algum tempo depois do ocorrido, voltou à casa dos velhinhos e contou que após comer aquele prato sua vida tinha melhorado muito.
No caso da passagem onde o missionário foi recepcionado por todo povoado, ele, depois de ter saboreado de pé o prato de nhoque, pediu para que eles sempre se reunissem todo dia 29 daquela forma para trazer sorte e prosperidade e foi o que aconteceu. A vila prosperou e a tradição continuou a ser praticada mês a mês.
A SIMPATIA
A simpatia é simples: coloca-se uma nota de qualquer valor sob o prato com nhoque. Pode ser dólar, real ou qualquer moeda estrangeira. Em seguida fique de pé e concentre-se para iniciar o ritual. No prato, separe sete nhoques e coma um a um. Para cada nhoque, faça um pedido diferente. Depois, sente-se e saboreie o restante do prato, de preferência com um bom vinho italiano. O dinheiro colocado sob o prato deve ficar guardado até o próximo dia 29, para garantir a fartura. Outros dizem que deve ser dado a alguém que necessite ou usado quando for feita nova simpatia.
A Lenda da Mandioca
Segundo essa lenda de origem indígena, há muito tempo numa tribo indígena a filha de um cacique ficou grávida sem ainda ser casada.
Ao saber da notícia o cacique ficou furioso e a todo custo quis saber quem era o pai da criança. A jovem índia por sua vez, insistia em dizer que nunca havia namorado ninguém.
O cacique não acreditando na filha rogou aos deuses que punissem a jovem índia. Sua raiva por essa vergonha era tamanha que ele estava disposto a sacrificar sua filha. Porém, numa noite ao dormir o cacique sonhara com um homem que lhe dizia para acreditar na índia e não a punir.
Após os nove meses da gravidez, a jovem índia deu a luz a uma menininha e deu-lhe o nome de Mani. Para espanto da tribo o bebê era branco, muito branco e já nascera sabendo falar e andar.
Passa alguns meses, Mani então, com pouco mais de um ano de repente morreu. Todos estranharam o triste fato, pois não havia ficado doente e nenhuma coisa diferente havia acontecido. A menina simplesmente deitou fechou os olhos e morreu.
Toda a tribo ficou muito triste.
Mani foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou. Todos os dias sua mãe, a jovem índia regava o local da sepultura de Mani, como era tradição do seu povo.
Após algum tempo, algo estranho aconteceu. No local onde Mani foi enterrada começou a brotar uma planta desconhecida. Todos ficaram admirados com o acontecido . Resolveram, pois, desenterrar Mani, para enterrá-la em outro lugar.
Para surpresa da tribo, o corpo da pequena índia não foi encontrado, encontraram somente as grossas raízes da planta desconhecida. A raiz era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.